SÃO PAULO (Reuters) – Centenas de cientistas presentes na cúpula do clima das Nações Unidas (COP28) lançaram neste domingo uma coalizão de pesquisa destinada a corrigir uma falta histórica de informações sobre a bacia do rio Congo e suas florestas tropicais, as segundas maiores do mundo.
A Equipa Científica da Bacia do Congo, com o apoio da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, pretende publicar um relatório em 2025 que forneça a avaliação científica mais detalhada até à data da Bacia do Congo.
“Estamos a falar de um ecossistema único que sustenta centenas de milhões de pessoas e desempenha um papel crucial na regulação do clima da Terra”, disse Raphael Chimanga, co-presidente do comité e especialista em água da Universidade de Kinshasa. Na República Democrática do Congo.
“O nosso conhecimento actual sobre o funcionamento dos ecossistemas na Bacia do Congo é muito limitado.”
A República Democrática do Congo, que abriga o maior número de florestas, registrou a segunda maior taxa de perda de cobertura arbórea do mundo no ano passado, depois do Brasil, de acordo com a Global Forest Watch.
Esta destruição liberta gases com efeito de estufa, o que ajuda a aumentar o aquecimento global e destrói habitats vitais de plantas e animais.
O esforço científico segue o modelo da Comissão Científica da Amazônia, que em 2021 publicou um relatório de quase 1.300 páginas resumindo o consenso científico sobre a floresta amazônica, a maior do mundo.
Este relatório mostrou que mais de 10.000 espécies na Amazônia estão em risco de extinção, explicou o seu papel no sistema climático global e determinou quanto carbono a floresta contém.
Espera-se que mais de 300 cientistas contribuam para o relatório do Congo, disse Chimanga.
Acrescentou que o relatório incluirá secções sobre como o Congo regula o clima regional, os impactos humanos no ecossistema florestal e como os dados científicos podem ser usados para orientar a política governamental.
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Relatórios de Jake Spring. Editado por Bárbara Lewis
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